A luz é aquilo que reúne, que apaga,
que reduz, que exalta, que arrisca, esfuma, sublinha, derruba, que faz tornar
crível ou aceitável o fantástico, o sonho; ou ao
contrário, torna fantástico o real, dá tom de miragem ao cotidiano mais
simples, reúne transparências, sugere tensões, vibrações.
A luz preenche um vazio, cria
expressão onde ela não existe, doa inteligência ao que é opaco, dá sedução à
ignorância. A luz desenha a elegância de uma figura, glorifica uma paisagem, a
inventa do nada, dá magia a um fundo. É o primeiro efeito especial, entendido
como truque, como encantamento, como engano, loja de alquimia, máquina do maravilhoso.
A luz é o sol alucinatório que, queimando, irradia as visões. - Federico
Fellini -
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