sábado, 13 de julho de 2013

A natureza peculiar da verdade na arte

                            Sem Titulo 1 - da série "Printz Mikäel - Passion et Désir"


Sem Titulo 2 - da série "Printz Mikäel - Passion et Désir"

                             Sem Titulo 3 - da série "Printz Mikäel - Passion et Désir"
 
A natureza peculiar da verdade na arte.

Kurosawa define ao seus filmes como « verdadeiros « .
Mais, o que significa esse termo ?  São verdadeiros para o seu espírito ? São verdades históricas ? Acaso suas obras não contam com artifícios de luzes, efeitos e sons ?
A « verdade » na arte não existe. Pelo menos a « verdade científica ». Mesmo na fotografia de « press ». O retoque é inevitável, mesmo que o fato se negue ; sempre existirá corte na imagem, correções de luz e contraste, etc. E isso, sem entrar em caminhos aínda mais escuros, como famosas  fotos « históricas » que o tempo e a ciência demostraram que foram cenas montadas.
Uma obra de arte nos arrasta para a realidade por ela criada. As vezes, essa realidade é o mundo que o artista percebe, seja real ou fictício. Trata-se de uma ação transformadora que liberta o gênio criativo do artista.
« A discussão sobre a verdade da obra de arte, mais uma vez, está inserida na continuidade do processo  criativo; assim, trata-se de uma verdade mutável, não absoluta ao final . O que hoje é considerado verdadeiro, pode deixar de ser amanhã. Essa verdade emerge da obra, sob o comando estético do grande projeto do artista, também em contínua mutação. »Cecilia Almeida Sales
« Expresso minhas verdades por meio de mentiras » Buñuel




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